“O corpo diz o que as palavras não podem dizer". Martha Graham






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terça-feira, 25 de junho de 2013

Forró






 Aproveitando também esta época de festas juninas e especialmente hoje, dia de São João, vou falar um pouco do nosso forró. Nosso porque vou me ater ao forró dançado aqui no sudeste, em especial em São Paulo.
Antes, vamos lembrar a sua origem: Existem 2 versões mais conhecidas. Uma é a de que forró é uma corruptela do nome forrobodó ou ainda fobó que, sendo o pesquisador Camara Cascudo, eram termos utilizados para designar os bailes populares do Nordeste onde se dançavam de tudo. A outra versão, e talvez a mais conhecida, é a de que o nome forró vem de "for all", inscrição colocadas  por estrangeiros que estavam no país como um informativo de que naquele baile poderia entrar qualquer pessoa.
O forró chegou no sudeste com a migração dos nordestinos e sofreu profundas transformações, desde o significado do nome que passou a designar um estilo de dança e não mais o baile propriamente dito (assim como aconteceu com a gafieira), até o desenvolvimento da dança com a chegada do forró universitário na década de 90. Mas as mudanças não ocorreram só aqui no Sudeste não. Lá no Nordeste o forró também sofreu mudanças com a introdução de instrumentos eletrônicos tais como guitarra e bateria. Também as letras deixaram de ter como o foco a seca e sofrimento dos nordestinos, e passaram a abordar conteúdos que atraíssem os jovens.
O forró é dançado ao som de vários ritmos brasileiros tipicamente nordestinos , entre os quais destacam-se: o xote, baião, xaxado e a marcha (estilo tradicionalmente adotado em quadrilhas) e coco.
O forró nordestino é executado com mais malícia e sensualidade, o que exige maior cumplicidade entre os parceiros. Os principais passos desse estilo são a levantada de perna e a testada (as testas do par se encontram), também conhecido pelo termo "Cretinagem".
Já  na década de 90, os universitários paulistas realizavam “sarau universitário” (tardes dançantes de forró nos campus universitários na USP e UNICAMP), na capital de São Paulo, onde contratavam trios de forró (nordestinos), pequenas bandas, e criaram outro estilo de dança, o “Forró Universitário”que é a mistura do “xote” com a lambada, a salsa e outros ritmos coreografados. Estas influências introduziram características peculiares no passo básico (marcação atrás) e em variações, tais como giros mais complexos, e aqui, além de não serem somente da dama, são freqüentes. A cidade de Itaúnas, no Espírito Santo, é a Meca do forró no sul do país. O forró universitário é constituído principalmente por três das inúmeras danças constituintes do forró pé de serra: baião, xote e, menos freqüente, xaxado. Na música, há a introdução de instrumentos no trio acima mencionado, como violão, contra-baixo e percussão (os mais comuns) além de bateria, entre outros. Nasceram assim, várias bandas de forró, tocando este estilo contagiante que é o “forró universitário”:: FALAMANSA, RASTAPÉ, BIXO DE PÉ, FILHOS DA MÃE e CHAMA CHUVA, todas originadas do Sul e Sudeste do Brasil, especialmente das cidades de São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina e Rio de Janeiro. (fontes: mundo da dança e dança Brasilia).
Aqui em São Paulo, só em Pinheiros, na região oeste da cidade, temos 3 casas conhecidíssimas e muito boas pela qualidade das músicas e ambientes agradáveis que vale a pena conferir e dançar um bom  forró: Restaurante Andrade (R. Artur de Azevedo, 874 - Pinheiros), Canto da Ema (Av. Brg. Faria Lima, 364 - Pinheiros) e Remelexo Brasil (R. Ferreira de Araújo, 1076 - Pinheiros)



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